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Dica de Literatura – Cap.#13 – Humanismo em Portugal: Mergulhando na Riqueza Cultural do Século XV

@professorrenatocardoso

Humanismo em Portugal: Mergulhando na Riqueza Cultural do Século XV

1434: A Aurora do Humanismo Português

O ano de 1434 marca um momento crucial na história literária portuguesa: a nomeação de Fernão Lopes como cronista-mor do reino. Este evento histórico inaugura o Humanismo em Portugal, um movimento cultural que celebra a centralidade do ser humano e a valorização da cultura greco-romana.

Fernão Lopes: A Voz do Povo na História

Fernão Lopes era o principal representante do Humanismo em Portugal. Sua obra inovadora rompe com as crônicas tradicionais ao incorporar a perspectiva do povo na narrativa histórica. Através de uma linguagem rica e expressiva, ele dá voz aos personagens marginalizados, tecendo um retrato vívido da sociedade portuguesa da época.

Características Marcantes da Literatura Humanista:

  • Amor Realista: uma visão mais realista e complexa das relações amorosas.
  • Métrica Regular e Simplicidade Formal: A poesia humanista se caracteriza pela regularidade métrica e pela simplicidade formal.
  • Linguagem Clara e Direta: A linguagem utilizada pelos autores humanistas é clara, direta e acessível ao público em geral.

Gil Vicente: O Pai do Teatro Português

Gil Vicente é considerado o “pai do teatro português”. Sua obra abrangente inclui autos pastoris, farsas e autos de moralidade, que satirizam os costumes da sociedade e refletem sobre temas universais como a vida, a morte e o pecado.

A Diversidade Temática na Obra de Gil Vicente:

  • Autos Pastoris: Inspirados nas éclogas clássicas, os autos pastoris apresentam temas religiosos e profanos, utilizando personagens como pastores e ninfas.
  • Farsas: Com caráter popular e humorístico, as farsas criticam os vícios e hipocrisias da sociedade portuguesa da época.
  • Autos de Moralidade: Obras alegóricas que exploram temas religiosos e morais, utilizando personagens como a Virtude, o Pecado e a Morte.

Obras-primas de Gil Vicente:

  • Trilogia das Barcas: Composta pelos autos “Barca do Inferno”, “Barca do Purgatório” e “Barca da Glória”, esta obra satírica retrata o julgamento das almas após a morte.
  • Farsa de Inês Pereira: Uma crítica mordaz à hipocrisia social e à ganância humana.
  • Auto da Alma: Uma alegoria sobre a jornada da alma após a morte.

    Imagem destacada: https://pixabay.com/pt/photos/porto-portugal-cidade-casas-343487/

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Renato Cardoso

Renato Cardoso é casado com Daniele Dantas Cardoso. Pai de duas lindas meninas, Helena Dantas Cardoso e Ana Dantas Cardoso. Começou a escrever em 2004, quando mostrou seus textos no antigo Orkut. Em 2008, lançou o primeiro volume de “Devaneios d’um Poeta” e em 2022, o volume II com o subtítulo "O Rosto do Poeta". Graduado em Letras pela UERJ FFP e graduando em História pela Uninter. Atua como professor desde 2006 na rede privada. Leciona Língua Inglesa, Literatura, Produção Textual e História em diversas escolas particulares e em diversos segmentos no município de São Gonçalo. Coordenou, de 2009 a 2019, o projeto cultural Diário da Poesia, no qual também foi idealizador. Editorou o Jornal Diário da Poesia de 2015 a 2019 e o Portal Diário da Poesia em 2019. É autor e editor de diversos livros de poesias e crônicas, tendo participado de diversas antologias. Apresenta saraus itinerantes em escolas das redes pública e privada, assim como em universidades e centros culturais. Produziu e apresentou o programa “Arte, Cultura & Outras Coisas” na Rádio Aliança 98,7FM entre 2018 e 2020. Hoje editora a Revista Entre Poetas & Poesias e o Suplemento Araçá.

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