Emoção expressa em palavras

Emoção expressa em palavras

Quando estou triste, de mal com a vida eu escrevo para que eu possa enxergar que tristeza é essa que sobressai no meu olhar quando acordo. Nem sempre consigo saber de fato o que me atormenta, mas entendo que diante da proporção do sinto, preciso sentir e reavaliar o plano que me levou ao momento e planejar uma nova rota para que eu mão caia em desalento.
Escrever me ajuda a viver, poucas pessoas irão entender. A minha escrita é luta contra as agrura da vida.É o pequeno intervalo entre a dor e vontade de me livrar dela. É onde busco força para reestruturar as palavras para que entenda que vocabulário é este que ainda não consegui entender.
Não há como viver sem pensar na vida, nas atitudes que eu tenho e das dos outros em relação a mim.Então, quando exerço a escrita, me desenho e desenho o outro, a situação é um plano para enfrentar ou correr.
Durante toda a minha vida eu escrevi para não enlouquecer.E o que escrevo é quase sempre humano, quase real, ou baseado na realidade. Aquela que gostaria que fosse pra mim. Um mundo talvez melhor e que eu confiasse nao apenas no amor da minha cachorrinha que daqui há pouco não estará mais comigo por ser idosa.
Nem penso em avaliar a escrita dos grandes escritores, de como ficaram conhecidos e se tornaram amados ou odiados.Mas avalio tudo que escrevo porque nela eu falo de mim, dos outros e das relações intrincadas que fazem parte da nossa existência. Eu sou parte disso, não há como negar.
Daí a importância de ler e reler mesmo depois de anos tudo aquilo que andarei rabiscando nos papéis e instrumentos digitalizados que existem para beneficiar quem escreve.

Cris da Rocha
Diário de Mulher
Fevereiro – 2024

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