Josilene Pessoa

Chove chuva

Este texto não é inédito, ele já esteve nas postagens das redes sociais. Não por acaso eu o trago nesta coluna. Há um ano ele foi escrito justamente devido a repetição de fatos. Deixo aos leitores a constatação de tais fatos e a reflexão sobre os mesmos.

Chove chuva

Chove chuva, chove sem parar
E as autoridades vivem Carnaval
Todo ano um bairro a afundar
Famílias se afogando em temporal

Chove chuva; chove sem parar
E essa culpa começou lá atrás
Um problema em círculo a girar
Uma água que não limpará jamais

Chove chuva, chove sem parar
Tristeza ao ver o outro perder
Do nada; aprendendo a nadar
Sem nada tendo que se reerguer

Chove chuva, chove sem  parar
Palavras talvez não sejam a solução
Tempos difíceis; nos resta ajudar
Empatia e impotência na contramão                   
Chove chuva, chove sem parar
A rua e os olhos alagados
Desespero e desapego a derramar
Agua para lavar; não sermos levados

Josileine Pessoa Ferreira Gonçalves

14 de Fevereiro de 2023

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Josileine Pessoa F. Gonçalves

Nascida no município de Niterói – RJ, Moradora de São Gonçalo, onde tambem cursei a maior parte dos estudos no Colegio Estadual Nilo Peçanha. Formada em Letras/Port. – Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Trabalho na área da educação e ensino de inglês. Atualmente ministrando aulas de Produção Textua na rede particular de ensino e aulas de inglês online. Faço parte do Coletivo de Escritoras Vivas de São Gonçalo desde o segundo semestre de 2022 e sou membro da União Brasileira de Trovadores, a UBT São Gonçalo, desde Janeiro de 2023. Colunista da Revista Entre Poetas e Poesias, além da coluna com textos variados, ofereço aos leitores minha "escrevivencia" atípica na Série "Diário de um espectro chamado mãe, onde é possível encontrar textos diversos dentro do universo autista. Sou casada, mãe de dois filhos autistas, poeta, escritora e trovadora sempre gostei de compor e escrever sobre vida e sociedade. Inclusive com composições, paródias e versões para uso educacional. 

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Um Comentário

  1. Muito apropriado, infelizmente os problemas se repentem. Nada é inédito, nem, a tragédia anunciada.

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