ENTRE PAI E FILHO – Ipanema II
Ipanema II
Ah, minha outrora querida Ipanema
as águas que antes eram cristalinas, hoje são são turvas
Palavras para descrever-te já não são mais problemas
pois em minha alma tornastes vossas ações destrutivas.
O semblante em seu olhar não mais me cativas
assim como o horizonte do mar que se torna encoberto
Não quero mais nenhuma de tuas nove vidas
porque o meu coração para você não encontra-se aberto.
Agora enfim encontrei-me na razão
A sua falta como antes eu já não sinto mais
Afastar-me de ti é minha única opção
E tudo que lhe envolve para mim são coisas normais
Teus cartões postais já não são mais visitados
Suas paisagens já não possuem a cor e a vida de antes
pois falsas são tuas venustidades que cativam os coitados
E em ti as viagens tornaram-se decepcionantes.
G. Cardoso
Parte dois do poema do Ipanema postado anteriormente no fala aí juventude: https://entrepoetasepoesias.hybrid.dev.br/2023/01/28/fala-ai-juventude-poema-ipanema-gabriel-neto/
Link da imagem destacada: https://pixabay.com/pt/photos/areia-pegada-agua-praia-costa-465724/