Altamir Lopes

Quando se gasta o tempo da própria vida atacando a vida alheia

Esse negócio de ficar “cuidando” da vida alheia é bem antigo. Abel parece ter sido a primeira vítima humana disso.

Estamos sendo treinados por forças ocultas (ou não tão ocultas assim) a abrirmos mão do tempo de vida que nos é concedido em troca de “viver” a vida dos outros. Esse treinamento é fornecido em demasiadas instituições. Em praticamente todas as áreas e setores.

Porquanto, diga-se de passagem, que não há nada demais – aliás, faz parte do nosso processo social – contemplar as conquistas, saberes, conhecimentos, feitos ou pensamentos registrados pelas pessoas do passado e do presente. Isso faz parte do ser humano, do seu contexto social.

Mas, parece que há uma vertente nesse processo de contemplação que se modificou para algo mesquinho, perverso, desnatural e destrutivo.

Como citei no primeiro parágrafo, estamos sendo treinados para tomar conta da vida alheia, abrindo mão da nossa própria vida.

E parece que esse treinamento está dando muito certo. Basta perceber os sintomas evidentes que encontramos ao observar, sem muito esforço, alguns dos comportamentos da sociedade contemporânea:

1 – Vitimismo e autopiedade apresentados em um número cada vez maior de pessoas;

2 – Inveja manifestada pela raiva, desprezo, superatenção ou críticas sem fundamento entre aqueles que preferem apontar os defeitos alheios ao invés de buscar soluções para os próprios problemas;

3 – Preguiça, desatenção e letargia que se manifestam naqueles que pensam que a vida lhes deve alguma coisa e preferem esperar ao invés de fazer acontecer.

Há pessoas – muitas pessoas que estão abrindo mão do tempo valioso da própria vida para ficar falando mal da vida alheia. Fico pensando que provavelmente isso deve acontecer porque a vida alheia deve estar ou ser mais interessante do que a dessas pessoas…

Na grande maioria das vezes, pessoas em ascensão, em desenvolvimento, em crescimento mental, social e financeiro jamais serão atacadas por alguém que se encontra nos degraus de vida que estão acima dela. Na verdade, observo que os seres “preocupados” com a vida alheia – críticos, maldosos e invejosos – estão sempre embaixo da mesa, embaixo da escada, nas partes mais baixas dos sistemas de evolução mental.

Simples assim.

 

 

Créditos da imagem: Imagem de Gordon Johnson por Pixabay , em https://pixabay.com/pt/vectors/caim-abel-b%C3%ADblia-b%C3%ADblico-6279957/

 

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Altamir Lopes

- Graduado em Gestão de Negócios, MBA em Gestão de Recursos Humanos, Orientador Educacional e de Carreira, Licenciando em Pedagogia e Pós-graduando em Neuropsicopedagogia. - Desenhista, formado pelo SENAC RJ. - Terapeuta Integrativo, Formado em Reflexoterapia, Quiropraxia e outras técnicas holísticas. - Palestrante, Instrutor de cursos gerenciais e Técnicos. - Mas acima de tudo, um servo do Deus vivente Jeová, Pai, marido e ser humano reflexivo. Na coluna que leva o meu nome, vamos nos encontrar para refletir sobre a arte da gestão de pessoas e relacionamentos. Nos meus textos, pretendo levantar questões e reflexões sobre a sociedade humana e seus meandros paradoxais e especialmente, a relação que cada um tem consigo mesmo por meio de textos em verso, prosa, crônicas, contos etc. E também publicarei na coluna RH - Resultados Humanos, artigos que tratam dos Resultados da ação Humana na História. Entrevistas com pessoas que fizeram acontecer e reflexões profundas também farão parte dessa coluna. De vez em quando, em quaisquer dessas colunas, vou publicar uma charge ou caricatura autoral...Espero que gostem.

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