Não sei mais quem sou – Série de textos sobre a evolução do amor – Parte 7
Assim como na montanha-russa, a vida também tem altos e baixos.
Os relacionamentos amorosos, os sentimentos também se desgastam, desalinham, decrescem e desobedecem nossos desejos de que seria eternamente eterno…
Em alguns momentos o sofrimento retorna, se instala e machuca de forma voraz.
Cabe a nós distingui-lo, vivê-lo e cuidar para dissipa-lo, mas em algumas vezes ele vem arraigado em dores, necessidades e precedentes vindos da infância, de traumas ou de vivências difíceis que na vida adulta causam dependência emocional e afetiva.
A poesia que leremos a seguir é o início dos indícios de uma severa dependência afetiva e emocional.
Você já viveu algo assim, dependendo tanto do amor, da aprovação e da dedicação de outrem para ser feliz?
Tens me seguido por onde vou
Não importa onde eu esteja
Você está lá
Sei que não me persegues materialmente
Mas implantou-se em meu subconsciente
Deixou sua imagem gravada lá
Em meu pensamento…
Não importa o tempo em que não o vejo
Não importa a separação, a distância, o espaço…
Estás ligado a mim.
És inoportuno
Incontrolável
Involuntário
Estás misturado ao meu sangue
Confunde-se com minha pele
Seu perfume exala de meus poros
Em minha boca tenho teu gosto
Já não sei mais quem sou eu
Tu confundes meus pensamentos
Vive em meus sonhos
Não sei como me livrar de ti!
Saia de minha vida
Essa prisão a este amor não me leva a nada
Só me faz sofrer
E não saber mais o que sinto e o que sou.
(Michelle Carvalho)
Esta poesia é parte integrante do livro “Furor Letárgico da Alma”
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