OM

Um som, uma criação, uma evolução “o presente, o passado e o futuro”.

Talvez, um encontro de todos com todos. Onde a marcha se faz necessário para descobrirmos o tão esperado porto seguro que almejamos. No entanto, vagamos a perguntar, qual o verdadeiro porto seguro para cada um de nós?

Em todo vasto mundo, já não existe nada que o homem ainda não tenha transformado. Porém, não podemos omitir que o mundo altera-se a cada instante, transformando todos os caminhos traçados, planejados e processados pelas nossas mentes.

Saber que nada foi, nada será, tem a existência no presente, pois é na criação do amanhecer que a transformação se dará independente de tudo que foi idealizado.

Somos como folhas arrancadas a flutuar no espaço até atingirmos o chão. Desta forma, projetamos nesse percurso, o que achamos ser a nossa existência, pois pensamos que ela seja indestrutível.

Jamais seremos como a natureza, detentora de sabedoria. Somos apenas detentor de um pobre conhecimento. O defeito desse contraste, descortina-se no tempo, o qual não real, já que nele, sempre encontraremos todas as nossas extremas polaridades de anciões e embriões.

Convivemos sempre em todos e com todos, visto que, em qualquer um de nós, existe a elevação da vida. Inclusive na morte. Assim, o ciclo da nossa existência, também estará presente em qualquer moribundo existente.

Talvez, nos provemos das palavras, dos ditos e dos não ditos, mas esquecemos que é no silêncio do nosso pensar que alcançaremos as nossas representações, nossas imagens e as nossa definições.

Descortine o mundo, admire-o, contemple-o e sinta-o, pois não é nos nossos discursos que estará escrito nossas grandezas e sim em nossos atos, admiração e reverência.

Como seria belo o mundo para quem o olhasse assim, ingenuamente sem nada exigir dele. Talvez, por não olharmos-vos desta forma, não consigamos encontrar o tão esperado porto seguro que tanto almejamos para as nossas vidas.