Na terra de criaturas iguais.
Um dia, uma ousou ser diferente.
Projetou que em dias tristes,
encontraria motivos pra ficar contente.
E ao invés de se entrega ao choro,
mostrou a si mesmo
e ao mundo
os próprios dentes…
Olhando pra si mesmo pelo espelho,
com o dedo em riste,
feito varinha,
fez magia com mente.
Repetiu 3 vezes…
“Espelho, espelho meu.
Não haverá no mundo,
ninguém mais feliz que eu”
Ao terminar o conjuro.
Ela já estava bem diferente.
Aquelas frases afirmativas
haviam penetrado em sua mente.
“Espelho, espelho meu.
Não há neste mundo,
ninguém mais feliz que eu”
HELÔ STREGA CARREIRO – Pedagoga e Doutora em Educação. Por muitos anos foi professora de Educação Infantil, atualmente é professora da FFP-UERJ. Apaixonada por poesia, anda rabiscando por aí sonhando em ser poeta, seus primeiros rabiscos poéticos públicos nasceram na Confraria da Poesia Informal. Atualmente coordena o COLEI da FFP-UERJ, que dentre suas ações de ensino, pesquisa e extensão, investe no trabalho de mediação literária.
(A imagem que acompanha a poesia é da autora.)
