Saudade da conversa na calçada
que terminava com “té manhã”
pois mesmo quando se discordava
respeitava-se com mais afã
Para onde foi nossa tolerância?
pegamos “odio” como estimação
nos vestimos de ignorância
o “nós” pelo “eu”, adeus educação!
Mas isso é culpa da tela
Tomamos ela como escudo
coragem por de traz dela
cara a cara tudo é obscuro
O tempo todo nós nos ‘teclamos’
afundados em nosso lado virtual
nem por ligação mais nos falamos
áudio no modo rápido é normal
Se houvesse transmissão de pensamento
nenhuma palavra iríamos pronunciar
bom mesmo seria voltar no tempo
ou quem sabe logo acelerar
Talvez essa saudade seja singular
talvez só eu pense assim,
será a idade ou modo de pensar?
será tudo isso início ou fim?
Josileine Pessoa F Gonçalves
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