Arauto
Navegarei com arauto
Filho de meu senhor
Quando disseres auto
Eu irei o transpor
E num acidente
Submersa a nau
Estará presente
Todo meu mau
E prostado estarei
Demonstrando fraqueza
Murmurando tristeza
Lamentando estarei
Quando eu ver o rei
Lhe direi: Foi engano
O salvar eu tentei
Mas só por trás dos panos
Admirei sufocando
Gritando socorro
E eu só escutando
O mar, eu, ajudei
Consultei a cigana
O meu grande amor
E surpreso na dor
O meu fim, encontrei
Pois a mandato do rei
Um simples publicano
Na calada da noite
Revelou que eu planejei:
Foi este que falso chorou
Fora este que mentindo falou
E a ti enganou e forjou
Tal tragédia meu rei
E ele tão magoado
Na alma tão revoltado
Meu amor torturou
E lhe fez prometer
Um fim me dar
Quem vem lá
Quem me protegerá
Ou me consolará
Pois quem mata a espada
Da espada, provará
Pois quem mata à pedra
Sem pressa, seu fim, encontrará.
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Imagem: https://pixabay.com/pt/illustrations/principe-cora%C3%A7%C3%A3o-corda-vermelha-6467502/