Série: Diário de um espectro chamado mãe – A borboleta amarela Parte II – Do amarelo ao azul
A borboleta amarela
Enfim deu luz ao seu ventre
Pôs uma azul dentro dela
Que renasceu com a semente
Ao fazer o pedido
Não deu detalhe aparente
Tempos depois de concedido
Notou-se algo diferente
A chegada foi incrível
Amor pelos sorrisos escorrendo
Mas o que ainda era invisível
Aos poucos foi aparecendo
Desafio, diagnóstico, despertar
Cada qual na sua dosagem
Escureceu, clareou, fez surtar
Derrubou e depois deu coragem
O espectro nos fez metamorfosear
A borboleta azul veio com tanto a dizer
Como diamante que sofre ao lapidar
Num instante a vida começou a tremer
Diferente e sensível com lindas asas
Sem pretensão de se inserir no coletivo
Vontade de de voar em viagens rasas
Na ponta do pé quer ir sem motivo
Todo dia tem uma peça pra encaixar
Todo dia uma evolução a agradecer
Um dia de cada vez no processo alcançar
O propósito que um dia hão de conhecer
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Josileine Pessoa F Gonçalves