Josilene Pessoa

Texto: Vozes da dor

 

Vozes da dor

A minha dor é um quebra-cabeça
entra em crise; fica em silêncio
E mesmo que haja otimismo; paciência
É difícil ter quase todo dia um incêndio

A minha dor é do zodíaco um signo
Baixa imunidade, baixa autoestima
peito vazio; incompreensível desígnio
Sem pelos; sem cor; quase sem vida

A minha dor é um eterno luto
Ainda pela frente elas tinham tanta história
Da minha vida quase abdiquei no susto
Carrego hoje o peso da memória

A minha dor é vazia; solitária
Olho para traz e a vejo na frente
Sem motivo; sem luz; infundada
Só meu coração que a sente

A minha dor foi deixada aqui
De súbito em meu peito ardil
Levaram meu coração assim
No de repente eu  fiquei vazio

A minha dor não tem nome
Ela nem chegou; mas já a vejo ali
Quanto mais penso mais me consome
Ela mora naquilo que ainda não vivi

Josileine Pessoa Ferreira Gonçalves

Imagem:
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Josileine Pessoa F. Gonçalves

Nascida no município de Niterói – RJ, Moradora de São Gonçalo, onde tambem cursei a maior parte dos estudos no Colegio Estadual Nilo Peçanha. Formada em Letras/Port. – Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Trabalho na área da educação e ensino de inglês. Atualmente ministrando aulas de Produção Textua na rede particular de ensino e aulas de inglês online. Faço parte do Coletivo de Escritoras Vivas de São Gonçalo desde o segundo semestre de 2022 e sou membro da União Brasileira de Trovadores, a UBT São Gonçalo, desde Janeiro de 2023. Colunista da Revista Entre Poetas e Poesias, além da coluna com textos variados, ofereço aos leitores minha "escrevivencia" atípica na Série "Diário de um espectro chamado mãe, onde é possível encontrar textos diversos dentro do universo autista. Sou casada, mãe de dois filhos autistas, poeta, escritora e trovadora sempre gostei de compor e escrever sobre vida e sociedade. Inclusive com composições, paródias e versões para uso educacional. 

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