Série: Diario de um espectro chamado mãe – As idas idas e vindas do espectro
Queria achar a saída, a aspirina da alma
Pra essa dor que não sangra e nem tem cor
Tô com medo desse espectro malvado
Que por inúmeras vezes já me atacou
Primeiro ele entra no meu filho
O domina como um espírito ruim
Que não consegue controlar seu instinto
E parte de braços pra cima de mim
Meu filho dentro dele está inconsciente
Não percebe o que fez até acordar
E depois de golpes e gritos até ele sente
Se arrepende e chora por desse jeito me tratar
O choro dele se junta com o meu
Pelo filho que o espectro me levou
Pela parte árdua que ele me deu
Pelo azul enganoso que no fim nublou
Nossa rotina nos proporciona altos em baixos muito intensos. Escrever me ajuda a processar e digerir as coisas pouco a pouco.
Esse texto revela como me senti naquele determinado momento.
Lembrando aqui que um texto vai sempre refletir um momento singular e por mais que ele se repita não há aqui só revolta e ingratidão. Existe também a noção de todos os avanços por menores que sejam!
Imagem do texto:
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Imagem destacada: https://pixabay.com/images/id-3447075/
Josileine Pessoa F Gonçalves