Diário de um espectro chamado mãeJosilene Pessoa

Série: Diario de um espectro chamado mãe – As idas idas e vindas do espectro

Queria achar a saída, a aspirina da alma
Pra essa dor que não sangra e nem tem cor
Tô com medo desse espectro malvado
Que por inúmeras vezes já me atacou

Primeiro ele entra no meu filho
O domina como um espírito ruim
Que não consegue controlar seu instinto
E parte de braços pra cima de mim

Meu filho dentro dele está inconsciente
Não percebe o que fez até acordar
E depois de golpes e gritos até ele sente
Se arrepende e chora por desse jeito me tratar

O choro dele se junta com o meu
Pelo filho que o espectro me levou
Pela parte árdua que ele me deu
Pelo azul enganoso que no fim nublou

 

Nossa rotina nos proporciona altos em baixos muito intensos. Escrever me ajuda a processar e digerir as coisas pouco a pouco.

Esse texto revela como me senti naquele determinado momento.

Lembrando aqui que um texto vai sempre refletir um momento singular e por mais que ele se repita não há aqui só revolta e ingratidão. Existe também a noção de todos os avanços por menores que sejam!

 

Imagem do texto:
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Imagem destacada:  https://pixabay.com/images/id-3447075/

Josileine Pessoa F Gonçalves 

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Josileine Pessoa F. Gonçalves

Nascida no município de Niterói – RJ, Moradora de São Gonçalo, onde tambem cursei a maior parte dos estudos no Colegio Estadual Nilo Peçanha. Formada em Letras/Port. – Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Trabalho na área da educação e ensino de inglês. Atualmente ministrando aulas de Produção Textua na rede particular de ensino e aulas de inglês online. Faço parte do Coletivo de Escritoras Vivas de São Gonçalo desde o segundo semestre de 2022 e sou membro da União Brasileira de Trovadores, a UBT São Gonçalo, desde Janeiro de 2023. Colunista da Revista Entre Poetas e Poesias, além da coluna com textos variados, ofereço aos leitores minha "escrevivencia" atípica na Série "Diário de um espectro chamado mãe, onde é possível encontrar textos diversos dentro do universo autista. Sou casada, mãe de dois filhos autistas, poeta, escritora e trovadora sempre gostei de compor e escrever sobre vida e sociedade. Inclusive com composições, paródias e versões para uso educacional. 

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