Loja de roupa
Loja de roupa
O esquilo está na loja
Onde tudo se aloja
Da roupa pensada
Como existente possível
Alguma ultrapassada
Outra moderna de nível
Para ele no exemplo
De vestir em templo
Feito sua residência
Com alguma imponência
Nem que apenas sonhada
Por acolhedora aparentada.
Quando ao espelho se olha
Caçador já o molha
Com água imobilizante
Idealizada como brilhante
Plano em si vestido
Para o manter retido
E à mão de apanhar
Sem demasiado cansar.
Mas esquilo instantâneo
Dá fugir simultâneo
Para dois gabinetes
Assim pensa sujeito
Que pelos alfinetes
Levados em trejeito
Simplesmente triunfante
Acha que verá diante
No breve derrotado
Esquilo enfim apanhado.
Mas ele ao invés
De caçar o correcto
Descobre os pés
Por senhor afecto
Ao sentir desconsiderado
Dando esbofeteado
O caçador acertado
No vestir encostado
Ao estado desmaiado.
Pela mesma altura
O esquilo tem fartura
De roupa em prova
Depois de vista sova
Em aplauso à medida
Indo ficar prometida
Enquanto remexida
Mais vestimenta é retida
Para ele ter escolhida
À indecisão remetida
Pela duração matinal
Na loja de roupa ideal.
Fonte da imagem: Foto do Autor