Josilene Pessoa

A dureza da lida


O sertão não tem janelas nem portas. E a regra é assim: ou o senhor bendito governa o sertão, ou o sertão maldito vos governa. (Guimarães Rosa)

 

A dureza da lida

 

Chão de terra, marrom bem assentado,
vê-se a sombra do vão trabalhador
que se sustenta com suor e dor,
dia após dia vai seco e arrastado.

O tempo não se faz bom aliado.
Não bastasse o sol, vem forte calor,
que ao lhe queimar a pele, muda a cor.
Deixando em seu semblante ar de cansado

Com temor em perder seu compromisso,
diz a si próprio em pleno alvorecer:
– Cansaço? Nem há como pensar nisso!

– Peço aos céus força! Não posso ceder!
E todo dia, Deus, sabendo disso
me enche de fé durante o adormecer.

Josileine Pessoa F Gonçalves

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Josileine Pessoa F. Gonçalves

Nascida no município de Niterói – RJ, Moradora de São Gonçalo, onde tambem cursei a maior parte dos estudos no Colegio Estadual Nilo Peçanha. Formada em Letras/Port. – Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Trabalho na área da educação e ensino de inglês. Atualmente ministrando aulas de Produção Textua na rede particular de ensino e aulas de inglês online. Faço parte do Coletivo de Escritoras Vivas de São Gonçalo desde o segundo semestre de 2022 e sou membro da União Brasileira de Trovadores, a UBT São Gonçalo, desde Janeiro de 2023. Colunista da Revista Entre Poetas e Poesias, além da coluna com textos variados, ofereço aos leitores minha "escrevivencia" atípica na Série "Diário de um espectro chamado mãe, onde é possível encontrar textos diversos dentro do universo autista. Sou casada, mãe de dois filhos autistas, poeta, escritora e trovadora sempre gostei de compor e escrever sobre vida e sociedade. Inclusive com composições, paródias e versões para uso educacional. 

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