Temos Poder!

Não quero frases feitas ou textos batidos

Não quero aproveitadores postando para ganhar likes e visualizações

Quero o que vem de dentro

Em uma conversa interna com Deus

Na qual nem sabemos o que dizer

Porque não sabemos discernir o turbilhão que sentimos…

É tanta coisa acontecendo que ficamos descrentes…

De nós mesmos, do mundo, da pequenez

E também queremos crer na grandiosidade

Ao mesmo tempo em que somos tão pequenos e frágeis

Também suportamos catástrofes mundiais

Mudamos o mundo concretamente, seja para o bem ou para o mal!

Temos poder!

Com palavras, escolhas, olhares, atitudes…

Já escolhi o que tem aqui dentro!

Nos escombros, mais uma vez

Encontro uma pequena luz,

A escolha pelo poder de ser gigante

Nas pequenas grandiosas coisas

Que o dinheiro não compra…

A paz de estar em paz

Mesmo fazendo pouquinho,

Mas seguindo fazendo

Sem desistir!

(Michelle Carvalho)

Às vezes quero ficar suspensa, estagnada no ar, como se o tempo parasse para que eu resolvesse pendências dentro de mim, em turbilhões de sentimentos que não sei explicar.

Você também se sente assim, tentando discernir o que está sentindo, ruminando cada sentimento?

Não sabemos se é medo, dor, susto, pavor, pânico e ao mesmo tempo, sentimos tudo isso misturado ao acolhimento envolto na a sensação de que realizar o sonho, fazer pelo outro, dizer que ama é estar preparado, é saber que valeu a pena, não importando nada mais!

Estamos com uma bagagem de notícias ruins vindas da pandemia. Quando a luz parece surgir no fim do túnel, outras coisas acontecem em um sufocamento de quem busca o ar em meio ao mar revolto.

Quando a liberdade parece estar voltando, e a convivência física se estreitando, enxergamos que não estamos encontrando as mesmas pessoas que nos distanciamos porque mudamos… E nem mesmo estamos preparados para tudo isso novamente.

Alguns, timidamente tentam ser melhores porque aprenderam com todas as reviravoltas forçadas que fomos obrigados a viver…

Outros, drasticamente também se mostram mudados, mas na agressividade e amargura de quem não conseguiu conviver consigo, com suas dores e desamores.

Num tempo de caminho para a liberdade física, não podemos mais apagar e repensar no que estamos escrevendo em uma conversa virtual, porque dessa vez, a conversa é olho no olho e as palavras ferem sem poderem ser apagadas… Temos que nos “policiar” para evoluir nesse retorno de convivência em sociedade.

O isolamento social gerou covardes anônimos através das redes sociais, onde a “liberdade” imperava para falar e ferir freneticamente sem se identificar, agora, a convivência tem que trazer a desaceleração destas posturas indignas.

Tivemos tantas perdas, de vida, de amor, de carinho e, recentemente, mais uma vez a perda da ideia que não somos eternos, embora essa perda ideológica tenha se mostrado presente diariamente nos últimos dois anos, mas as pessoas pareciam ter esquecido.

Peço licença para dizer o que está dentro de mim… Marília começou escrevendo quase na mesma idade que eu. É um sonho ser o que nos move por dentro… Escrever não é só arte, não é só trabalho e lazer… Escrever é transbordar!

É um sonho transbordar o que temos dentro de nós de forma natural, e ainda assim continuarmos sendo simples, ímpares, mesmo quando estamos diante da imensidão do “ter”!

Ela conseguiu!

O “ser” dela era o que impactava! É isso que fica, sempre é!

Pobre dos que se vão só pensando em ostentação, em fazer do próprio mundo algo que não completa, não preenche…

Feliz dela que transbordou…

Sofrência?

Não!

Sentimento e atitude!

Fez a diferença!

Não só nela, mas em muita gente!

Temos poder para fazer essa diferença!

Michelle Carvalho

e-mail: michellecarvalhoadvogada@yahoo.com.br

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