Poetizando através de acrósticos
Há alguns anos fui trabalhar na Sociedade de Ensino Dorvalina José, na rua Mário Pinotti, na travessa Ferreira Paim nº45, que leva esse nome em homenagem ao avô da poetisa sobre quem falarei hoje em minha coluna. E nesse colégio conheci e fiz uma grande amizade com a direção e os responsáveis pela escola, que eram Iracy Ferreira da Costa, Lourival Ferreira da Costa e Jaira Ferreira da Costa. Foi nesse Colégio que minha peça foi encenada pela primeira vez pelos meus alunos do Ensino Fundamental, intitulada O Cisne Branco. Fiquei muito agradecida pelo apoio que me deram. Foi através dessa amizade de anos que conversando com Jaira, descobri sua paixão por acrósticos. E através dessa paixão ela veio poetizando ao longos dos anos através de acrósticos. E resolvi então, lhe prestar essa homenagem, publicando um dos seus inúmeros acrósticos em minha coluna.
A autora desses acrósticos, as quais me refiro chama-se Jaira Ferreira da Costa, que tem formação em Educação como Administradora Escolar e Professora nas áreas de Pedagogia pra Formação de Professores. Formada pela Faculdade Plínio Leite. Atuou em escolas de São Gonçalo e Niterói como professora e coordenadora do primeiro ao nono ano do fundamental, Educação Infantil, Supletivo e Direção Administrativa.
Antes de fazê-lo gostaria de definir em poucas palavras o Acróstico. Composição em verso cujas letras iniciais (às vezes mediais ou as finais), lidas no sentido vertical, formam uma ou mais palavras, que são o tema, o nome do autor ou o da pessoa a quem foi dedicada a composição.
S orrateira, corre livre e pintada
E spanta ao rosnar, esse animal feroz
L ança das garras, força e furor quando
V agueia à noite, como caçador
A lcança a vítima e dela se apodera
G ato felino, da fauna é fera
E mbeleza a mata, provoca pavor
M ansa na beleza, selvagem predador.