Ângela Moreira
A Névoa
A noite ainda presente,
mas quase amanhecendo o dia
eu vejo da minha janela
a distante e densa névoa.
A névoa cobre as casas, os morros
e tudo ao seu redor.
Ela é tão assustadora
que chega a me dar um nó.
Apesar de fixar o olhar
nada vejo, tudo se esconde,
pois a imensa névoa
não me permiti ver o que do outro lado está.
Fico muito assustada,
apreensiva e confusa,
pois como uma simples névoa
tudo pode esconder.
Parece que vejo ao longe
vários grupos a se mexerem,
mas não consigo distingui-los
porque a névoa atrapalha minha visão.
Ao amanhecer, ela ainda continua lá,
mas aos pouco se desfaz até sumir de vez.
Vem o sol brilhante a nascer,
mas ao cair da noite
a névoa voltará outra vez.
Angela Moreira