Um doce de “(Mi)nina”
Essa “Minina” que de “Mi” se ouvia chamar
Sempre vinha de jeitinho adocicado
De brigadeiro a bolo confeitado
Podia ser doce ou salgado
Não havia como não a agradar
Paladar de infância no céu da boca a voar
Do “Kibon” gelado ao doce de saquinho
Do pastel de carne ao cachorro “quentinho”
Que bom é depois do almoço um “docinho”
Mas só pode mesmo se a mamãe deixar
Mamãe, coração mole mas firme no olhar
Sabia o que pra mim era o certo
Mas com o tio e a tia por perto
Já ia de coração e paladar aberto
Porque algo diferente ia degustar
O sabor de ser criança não é tudo ganhar
A “Mi” crescida que olha pra pequena
Reconhece com saudade daquela cena
Que doce ou salgado sempre vale a pena
Se permitir os sabores que a vida nos dá
Josileine Pessoa F. Gonçalves
Poesia baseada no depoimento voluntário da amiga Michelli Rossetto.
Imagem: https://pixabay.com/pt/photos/doce-confeitaria-smarties-colorido-50838/
