Marcos Pereira

CARIOCA, UM PSEUDÔNIMO DECADENTE.

Rio de Janeiro, uma cidade sem expectativa, planejamento e futuro.

Através das lentes dos óculos escuros ou não, o carioca deslumbra a ruína de sua cidade. 
Conhecida pelas suas montanhas, cachoeiras, floresta urbana e pela sua linda praia chamada Copacabana que tem origem quéchua e significa “olhando o lago”, o Rio de Janeiro é uma cidade paradisíaca que sempre deteve as atenções desse imenso continente chamado Brasil ou porque não dizer do mundo todo.
Uma cidade abençoada pelo Cristo Redentor que de braços abertos recepciona a todos que aqui chegam e se propõem a morar, se diverti e a turistar, mas que vê todos esses sonhos virarem pesadelos.
Hoje, o carioca vive para ver cenas de violência e desumanidade, que infelizmente rodam nas manchetes dos jornais do mundo todo.
Ficamos conhecidos como a cidade dos corruptos, da insegurança, do vandalismo e da ausência de dignidade pela vida humana.
Um cotidiano drástico e sem nenhuma expectativa de melhora.
Uma cidade sitiada por todos os lados, seja na casa do povo ou no palácio do governo.
O Rio já foi considerado a grande capital da América do Sul e até mesmo a babel do mundo. Hoje, agoniza na incompetência dos podres poderes responsáveis pela sua gestão. 

Infelizmente, esta cidade que sabe fazer festa como ninguém está falida.

Seu povo altamente cordial, amigo e hospedeiro, vive acuado a mercê da milícia, do trafico e da ganância de seus governantes. Os quais deixam o carioca a mercê da sua própria sorte.
Privilegiada pela sua geografia, o Rio de Janeiro é uma das poucas cidades do mundo que apresenta uma integração perfeita entre cidade e natureza.  Prova disso, é a exuberância da baía de Guanabara que encanta a todos com seu recorte, mesmo sendo menosprezada pelos órgãos de proteção.

Divida pelos governantes por uma linha imaginária, a cidade faz questão de diferenciar o carioca da zona sul para com os demais cariocas classificados como suburbanos, evidenciando a imensa desigualdade social, deixando clara a ausência de políticas públicas para aqueles que não possuem uma vista privilegiada.

É triste reconhecer que estamos fadados ao réprobo de uma sociedade excludente, mas é essencial que cada cidadão carioca tome consciência de que ser carioca, é mais do que um estado de espírito, é mais do que se deixar dividir entre zona sul e zona norte, é dizermos para nos mesmos que somos únicos, é mostrar a esses governantes, que temos orgulho de sermos cariocas, pois enquanto não exercermos a nossa cidadania, eles, governantes inescrupulosos, farão de nós cariocas, um pseudônimo decadente.

Marcos Pereira

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