A IMAGEM E SEMELHANÇA DO MEU EU
Conforme as escrituras sagradas, somos a imagem e semelhança de Deus. Deus este que pode ter vários nomes, mas sempre com um único propósito: o AMOR.
E o que é o Amor?
“Um sentimento de afeto que faz com que uma pessoa queira estar com outra, protegendo, cuidando e conservando sua companhia”. Em outras palavras, o amor ao próximo.
Assim crescemos e assim nos construímos.
Acreditamos que esse é o ideal, mas o que vemos e vivemos está muito distante da expressão NAMASTÊ, típica do sul da Ásia, que significa “o Deus que habita no meu coração saúda o Deus que habita no seu coração”.
Baseando-se neste sentimento tão puro, podemos dizer que somos (todos) o próprio Deus vivo?
Falamos tanto em religião, mas esquecemos de que ter religião não significa ter religiosidade. Então, chegamos a triste conclusão que a religião para muitos é apenas uma representação ao contrário da religiosidade, que é o despertar do homem na sua própria essência. A humildade e o amor ao próximo (seu irmão).
Albert Einstein dizia: “na ausência do bem, nasce o mal”.
Desde que nos foi dado à oportunidade de desfrutarmos dos novos tempos e usufruirmos do nosso livre arbítrio, a humanidade perdeu-se. Deixamos de valorizar a existência alheia para valorizar o poder e a evidência. Assim, o poder passou a ser o topo da pirâmide, e a fé, infelizmente, a sombra da espiritualidade. Isso acontece porque vivemos objetivando apenas o reconhecimento humano, esquecendo-nos da bondade, da humildade, da compreensão e respeito pelo próximo – dogmas que nos foram ensinados e difundidos por aquele que adoramos como salvador.
Perplexos, observamos a utilização da religião como um market exploratório, onde a verdadeira fé fica imersa nas palavras daqueles que se julgam os escolhidos. Mesmo com a proliferação de templos, igrejas, terreiros, mesquitas entre outros, o que percebemos é o aumento da violência do ser humano para com o próprio ser humano, apesar de muitos atribuírem essa violência à ausência de Deus. Mas a história nos mostra que a religião foi escrita pelo homem e o homem a prega de acordo com suas aptidões políticas ou qualquer outra força que não representa a verdadeira fé.
Após tudo isso, nos resta fazermos a seguinte pergunta: O que pensar de nós mesmos?
Onde está a nossa representatividade e a nossa credibilidade nos ensinamentos da humildade, da caridade e do amor?
Esses sim são os verdadeiros sentimentos que deveríamos multiplicar nos corações de todos aqueles que se clamam irmãos, independentes de qualquer credo, raça e gênero.
Marcos Pereira