Desabafos & DiscussõesLuiza Moura

Observando o jogo de dados entre Khronos e Ananke

Hoje parei em minha cama e comecei a olhar para o teto do quarto. Às vezes não acho isso muito normal, mas sei que muita gente para no tempo e fica olhando para uma parede qualquer… eu fico olhando o teto do quarto. Vocês podem estar se perguntando o que eu estaria pensando enquanto paro, meio taciturno neste momento só meu.  Última visão do nada, fiz uma viagem profunda no meu ócio. Pensei em cada momento que passei e, acho que o fato deste olhar estar perdido, tem muito a ver com meu inferno astral. Sim, todo mundo passa por isso, normalmente antes do seu aniversário, o meu começa sempre 1 mês antes do dia do nascimento deste ser, que sou eu.

Um absurdo ficar atento, tão somente para a existência deste aniversário, um negócio tão bobo que acontece todo ano, na mesma data. Essa coisa repetitiva sempre chamou minha atenção, claro, é o meu aniversário. Tem horas que penso sobre a sorte que tenho de estar vivo e tem horas que penso que estou mesmo é caminhando para a proximidade de não comemorar mais um aniversário. Que coisa! Estou sendo muito dramático! E quem não seria?! Sou eu quem está caminhando para o termino desta existência. Notaram que estou me referindo a mim mesmo e nem estou me importando muito para o fato de que todo mundo passa por isso. Bem ou mal as pessoas passam…

Incrível é perceber que as demais pessoas esperam ansiosos para “os parabéns”, para receber os amigos, para ter bolos, tortas e o delicioso brigadeiro… hummm… Esse, definitivamente, não é o meu caso! Continuo olhando para o teto pensando, falta apenas 30 dias para ser surpreendido com o inexorável, o destino de todo homem e mulher vivente…. A parede me responde sempre que estou sendo mais que dramático… E olhe que nem pedi opinião para ela!

Muitos pensamentos surgindo ininterruptamente e o fato é que enquanto penso e converso com o teto e enquanto ele parece responder coisas que eu nem perguntei, a vida corre lá fora e eu sei que se eu não fizer nada ela passa por cima de mim. Desse modo eu tenho certeza de que o melhor é eu sair desse quarto para “pegar a onda da vida” e começar a “surfar”, pois também sei que de qualquer forma o tempo passa e é melhor eu enfrentar o céu azul do que o branco falante do teto do meu quarto.

(Esse texto é de Alfredo de Morais, “um caminhante das trilhas deixadas pela poeira das estrelas”)

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Luiza Moura.

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Luiza Moura

Luiza Moura de Souza Azevedo é de Feira de Santana. Enfermeira. Psicanalista e Hipnoterapeuta. Perita Judicial. Mestre em Psicologia e Intervenções em Saúde. Doutora Honoris Causa em Educação. PhD em Saúde Mental - Honoris Causa - IIBMRT - UDSLA (USA); Doutora Honoris Causa em Literatura pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos. Possui MBA em gestão de Pessoas e Liderança. Sexóloga; Especialista em Terapia de Casal: Abordagem Psicanalítica. Especialista em Saúde Pública. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Especialista em Perícias Forenses. Especialista em Enfermagem Forense. Compositora e Produtora Fonográfica. Com cursos de Francês e Inglês avançados e Espanhol intermediário. Imortal da Academia de Letras do Brasil/Suíça. Acadêmica do Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires. Membro da Luminescence- Academia Francesa de Artes, letras e Cultura. Membro da Literarte- Associação Internacional de Escritores e Artistas. Publicou os livros: “A pequena Flor-de-Lis, o Beija-flor e o imenso amarElo” e "A Arte de Amar. Instagram: @luiza.moura.ef

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