Diário de um espectro chamado mãeJosilene Pessoa

Série: Diário de um espectro chamado mãe – Texto: Luto azul

Abrindo uma lacuna ‘azul’ nesse Setembro Amarelo’ para um assunto triste porém necessário. A falta de cuidado com quem só cuida.

O Diário de um espectro chamado mãe
hoje se abre com uma nota de pesar
sobre aquela que entitularam ‘guerreira’
mas não recebeu armas para lutar

Mesmo assim ela lutou bastante
por várias vezes as forças perdeu
sem se render por um instante
caiu, levantou e se fortaleceu

Munida de muita paciência e amor
seguiu escondendo suas cicatrizes
mas tomada pela profunda dor
foi perdendo suas diretrizes

Ela, por completo, vem a se entregar
até parar a dor, não queria que fosse assim
e sem motivos para continuar,
desceu o corpo e subiu a alma enfim…

O filho espectro sem nem saber
perde, na luta, o seu maior escudo
e sem nem saber se defender
tem que seguir por esse mundo escuro

Josileine Pessoa Ferreira Gonçalves

Texto escrito em29 de Março de 2023, logo após ter visto nas redes sociais a notícia.

No meu Instagram tem a declamação desse texto (@poesia.atipica10).

Imagem do texto: https://pixabay.com/illustrations/down-depressed-blue-heart-fire-5061093/

Imagem destacada: https://pixabay.com/images/id-3447075/

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Josileine Pessoa F. Gonçalves

Nascida no município de Niterói – RJ, Moradora de São Gonçalo, onde tambem cursei a maior parte dos estudos no Colegio Estadual Nilo Peçanha. Formada em Letras/Port. – Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Trabalho na área da educação e ensino de inglês. Atualmente ministrando aulas de Produção Textua na rede particular de ensino e aulas de inglês online. Faço parte do Coletivo de Escritoras Vivas de São Gonçalo desde o segundo semestre de 2022 e sou membro da União Brasileira de Trovadores, a UBT São Gonçalo, desde Janeiro de 2023. Colunista da Revista Entre Poetas e Poesias, além da coluna com textos variados, ofereço aos leitores minha "escrevivencia" atípica na Série "Diário de um espectro chamado mãe, onde é possível encontrar textos diversos dentro do universo autista. Sou casada, mãe de dois filhos autistas, poeta, escritora e trovadora sempre gostei de compor e escrever sobre vida e sociedade. Inclusive com composições, paródias e versões para uso educacional. 

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