Falo dos amores que deixei
Falo dos amores que sonhei
Falo dos amores que vivi e daqueles que senti
Dos que compartilham afeto, beijos e uma cama
Desisti daqueles que sonhei
Esqueci os que deixei
Guardei as lembranças daqueles que vivi e senti
Desisti daqueles que tanto sofri
Daqueles que quando ao cair da altura de um avião sobre a realidade
Percebi que ali não havia amor
Em meu último suspiro decidi sobre incerteza do tentar
Entreguei o que havia de mais precioso, o adorno mais raro, o amor
Senti meu corpo flutuar
Conseguia ouvir as batidas de meu próprio coração
Nas tardes vazias que passei na varanda da minha casa
Não imaginava que ele um dia fosse voltar
Em um ato de resistência me posicionar foi meu melhor punhal
Defendi-me daquilo que já não fazia sentido manter
A solidão!
O amor novamente acochou em meu lar
Gabriela Garcia
Graduanda do curso de Pedagogia na UERJ/FFP. Fui bolsista do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência), no subprojeto de Alfabetização Infantil e Ensino Fundamental. Atualmente sou bolsista Prodocência do COLEI (Coletivo de Estudos e Pesquisas Sobre Infâncias e Educação Infantil). “Quando abracei a literatura, ela sorriu e me abraçou também. Juntas, traçamos nossos caminhos nas folhas da vida, escrevendo e vivendo nossa própria história”.
A imagem que acompanha a poesia é de autoria da Gabriela Garcia.