João Rodrigues

Mãe deveria ser imortal

Mãe: deveria ser imortal

 Perdoe-me, Senhor, o que vou falar

Pois talvez esteja dizendo heresia

Senhor, se eu tivesse o poder sobre a Morte

Tem algo que eu não permitiria

(Que a Morte levasse quem ela quisesse)

Mas u’a mãe, Senhor, jamais morreria.

 

Uma mãe, Senhor, da casa é a bússola

A vida de todos, ela orienta

É ela quem guia o leme do barco

Toda tempestade ela é quem enfrenta

É luz no escuro, que a tudo dá brilho

Ela é alicerce, que a todos sustenta.

 

Ser mãe é ter força, ter fé e coragem

Ser mãe é ser fonte de sabedoria

A voz que acalma, presença bem-vinda

A razão de o filho viver todo dia

Ser mãe é ser santa mesmo sendo humana

Mãe é gratidão, é vida, é alegria.

 

Desculpa, Senhor, mas se eu fosse Deus

A mãe, eu jamais deixaria morrer

Ao lado dos filhos sempre viveria

Com muita alegria, amor e prazer

Eu sei que tu sabes de todas as coisas

Mas dar fim às mães, não posso entender.

 

Sei que tu entendes, Senhor, o que digo

E conhece o fundo do meu coração

É até egoísmo pedir o que peço

Mas no fundo sabes que tenho razão

Te peço, Senhor, deixa toda mãe

O máximo possível viver neste chão.

 

João Rodrigues – Reriutaba – CE

Direito da imagem: https://pixabay.com/pt/photos/afro-cultura-africana-%C3%A1frica-431712/

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João Rodrigues

Nascido em Riacho das Flores, Reriutaba-Ceará, João Rodrigues é graduado em Letras e pós-graduado em Língua Portuguesa pela Universidade Estácio de Sá – RJ, professor, revisor, cordelista, poeta e membro da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes e da Academia Virtual de Letras António Aleixo. Escreve cordéis sobre super-heróis para o Núcleo de Pesquisa em Quadrinhos (NuPeQ) na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

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