Cristiane Sousa

Os discos de vinil da minha casa

Imagem: arquivo pessoal da autora

Lembro nitidamente de fatos importantes que aconteceram na minha vida entre os 3 aos 5 anos de idade. Você deve está pensando : ah conta outra, 3 anos? Sim , em lembro! E são memórias afetivas que guardo no coração. Uma delas eram os discos de vinil da nossa casa em Ribeirão Pires -São Paulo , bairro Parque Aliança, naquela sala de piso de taco, a vitrola, que ficava perto do sofá…
Entre os discos havia uma coleção de Roberto Carlos montada por minha tia- madrinha com o carinho de fã . Os discos de Agepê, Martinho da Vila, Benito de Paula e tantos outros, embalavam os momentos de descanso do meu pai , deitado no sofá
E eu gostava quando meu pai colocava o disco na vitrola, aquele barulho da agulha tendo contato com o vinil, antes dos primeiros acordes e surgia a canção. As músicas eram divididas em dois lados : A e B.
Meu pai era funcionário da PHILIPS , e sempre recebia como brinde os discos .

Na nossa coleção estava um disco de
Maria Bethânia ( Alteza), que me chamava atenção pela capa,  despertavam os  pensamentos de uma criança cheia de imaginação.
Estas lembranças me fizeram acender um desejo antigo que era de trazer para o presente esse afeto musical. Estou iniciando minha coleção de discos de vinil , recuperando alguns , e adquirindo outros, buscando criar outras memórias afetivas. Celebrando a arte, quem veio antes, que vem agora, e melhor ainda, voltando a escutar o barulhinho da agulha tocando no vinil mais uma vez.

 

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