Colei da FFP-UERJ

Quando me olhei (Renata Meneses – Bolsista do COLEI e Graduanda em Pedagogia na FFP/UERJ

 

Foto de Lucas Belchior
Foto de Lucas Belchior
Quando me olhou eu era Livre e me amou assim, adorou minha alma leve e me quis ao seu lado, não queria alguém pesado, azedo, de mau humor, próprio das pessoas que não são livres, ou são prisioneiras de si mesmas, me conheceu sorrindo e assim me amou, buscava alguém divertido, bem-humorado, que levasse a vida leve, que fosse boa parceira…
Afirmou para ti mesmo que era alguém assim que precisava, então não te deixe sentir meu dono, e nem me queiras tanto a ponto de me querer só pra ti, não ouse me controlar como se eu fosse propriedade tua, pois isso me fará sentir uma prisioneira e então minha alma não será mais leve como quando me quiseste ao teu lado, não terei mais a alegria que tinha quando me conheceu, já não serei mais livre como era quando me amou pela primeira vez, e então me acusará de não ser mais aquela que amou, e me perguntará por que não me amas mais como no início? Deixara, por fim, de ser também quem era, pois ficará refém do que resolveu sentir por mim, e quando eu partir, deixa que eu vá da mesma maneira que vim, pelos braços da vida…

 

Livre para te achar de novo quem sabe um dia e deixar que me reconheça como foi no começo, no tempo em que era livre e que me amou assim.

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Renata Menezes de OliveiraÉ graduanda em Pedagogia, bolsista do COLEI onde estuda questões relacionadas a formação docente e de leitores. Vem se debruçando sobre questões relacionadas ao desenvolvimento da linguagem infantil mediada na relação entre os pares infantil; adultos e crianças e; na articulação mobilizada pelo contato com a literatura, considerando o poder que ela possui na formação da subjetividade humana.

 

Lucas Belchior É artista e militante do direito à cultura como efetiva garantia a população brasileira. Possui um olhar sensível às paisagens, às cenas cotidianas e natureza e a sua generosidade conosco. É singular o modo como consegue capturar os movimentos das pessoas e das disposições de seus artefatos culturais nos espaços. Suas fotos são poesias no cruzamento de ângulos entre luzes, sombras e o olhar do fotógrafo que captura imagens que nos fazem pausar o tempo e (re)viver cenas em estados reflexivos em “modo slow”.  O fotógrafo é filho da escritora e gentilmente lhe cedeu as fotos para acompanhar seus escritos.

 

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