Marcos Pereira

A BRISA QUE CHAMAMOS DE VIDA.

Passamos o tempo buscando e idealizando o deleite dessa brisa, porém, esquecemo-nos a todo o momento dos valores que estão contidos nela.
Nossa navegação pelo tempo se torna palpável através do calendário romano, que com suas regras e normas nos dita às horas incontáveis de uma escala infinita de dias e noites. Assim, através deste navegar, a bussola que aprendemos a ler, registra os momentos de inúmeros estágios figurativos sem um porto seguro onde atracar.
Nesta travessia, nos deparamos com as ventanias, furacões e tufões nos acometendo ao medo, levando-nos aos questionamentos e conclusões desfiguradas de uma realidade sem precedentes, mas, acreditando que estamos navegando em direção à terra nova, continuamos a chama-la de brisa.
Qual a expectativa desse trajeto náutico? Talvez a esperança de continuarmos seguindo regras e normas politicamente ditadas para não perdermos a rota continuada da evolução.
Como idealizarmos o que é certo se a mãe natureza nos intitula outros fenômenos?
Para nós, a doce brisa é o perfeito. Leve, suave e fantasiosa, mas, se tudo é originário de um único celeiro sendo a brisa a filha do sopro e que por sua vez, é o sopro que origina o vento, e o vento o furação, e o furação o tufão e assim sucessivamente, porque então, criamos tantas reflexões para dar origens a tantos princípios evolutivos?
Não podemos esquecer que não existe estabilidade, tudo é passageiro, assim como todo ato que nos remete ao prazer. Então, o que é o prazer? A dor, o amor e todas as evidências registradas como sentimento. Talvez, nos falte visão, pois buscamos a concretização de uma eternidade, mas, sabemos que não somos eternos e nossas conclusões não se perpetuam, apenas flutuam, conforme a vontade e a grandiosidade que a brisa, o vento, o furação ou o tufão nos proporcionam, gerando o fenômeno que chamamos de VIDA.
Marcos Pereira
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