Inacabada
não sou inteira,
tampouco terminada,
obra de arte incompleta,
lindamente inacabada.
esse poema?
uma falta,
uma piada,
pedaços de minh’alma jogada.
daqui não me avisto,
não me recordo,
já tinha ido?
inacabada,
mente desajeitada,
eu sofro
e mais nada.
por tempo demais
atravessei mares tortuosos,
a solidão comprime meus ossos,
escolho o fim, flertando com o ócio.
na calma, a poesia rege, mas
ao longe vejo,
solidão é uma mulher bem vestida,
atraente, te corta.
um poema e suas voltas,
entregue à solidão
ciclo sem fim, isso me recorta,
picotada, pois…
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Fonte da imagem:
https://www.pexels.com/pt-br/foto/arte-abstrata-desenho-caderno-notebook-9025558/
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