O que vem por aí?
É tudo novo?
Ou tudo de novo?
No espelho refletido
O que desejo de mim para o mundo?
Comecemos a cutucar o que tem dentro
Para transbordar …
(Michelle Carvalho)
O que deixamos no mundo, para o mundo e para os que nos cercam?
O que levamos desta vida? Uma frase clichê, mas tão forte, não é?
Levamos tão somente lembranças e vivências e, além disso, a interpretação que cada um carrega do pós vida…
Na verdade, palpavelmente na reflexão, o que levamos é o que deixamos no outro, o que o outro carregará de nós na memória. Parece dicotômico, mas o que levamos é exatamente o que deixamos cultivados em cada um…
Cultivemos lembranças, momentos, memórias, porque de nada adianta trabalhar para deixar heranças monetárias que são vendáveis, efêmeras e materiais, se não sobrevivermos nas lembranças vivas no coração dos outros.
Ah, que essas lembranças sejam bem cultivadas para deixarem sabor de alegria, porque os que se vão também podem deixar buracos de dúvidas, dor, angústia e sabor de “soda com pinho sol”!
Não esperemos pelo fim para fazer o que deveria ter sido feito desde o início, porque nem todos chegam aos 100 anos, mas estamos vivendo muito mais do que muitos, vanglorie-se disso!
Deixe de viver a vida do outro, desejando a grama do vizinho ou dando conselhos que sequer foram pedidos, afinal, se conselhos fossem mesmo bons, seriam vendidos! Assim diz o ditado popular…
Deixemos de colocar desdém sobre os feitos alheios, abandonemos a idolatria ao trabalho, a políticos de estimação, a pequenez das birras e invejas.
Nunca tinha pensado em definir a tristeza, uma vez uma amiga me disse o gosto da tristeza: “tem gosto de soda com pinho sol”. Aquilo me marcou e me fez prestar a atenção na sinestesia dos sentimentos… O gosto da dor, da alegria, da esperança, do amor… A vida tem gosto e tantos passam o tempo como se tudo fosse insípido, inodoro e sem cor, porque sequer sentem o que se passa diariamente…
Abramos os olhos para o frescor da manhã e para o tempo que se demonstra diante de nossos olhos para que os sabores cultivados sejam agradáveis!
Não espere pelo fim, uma sentença de morte ou um penhasco desesperador para buscar o que ama, busque principalmente o equilíbrio…
Michelle Carvalho
e-mail: michellecarvalhoadvogada@yahoo.com.br
Instagram: @michelle_carvalho_escritora
Facebook: Michelle Carvalho Escritora
Youtube: Michelle Carvalho Escritora
Fonte da imagem destacada: https://pixabay.com/pt/photos/futuro-tempo-letras-rabiscar-2372183/