A BRISA QUE CHAMAMOS DE VIDA.
Passamos o tempo
buscando e idealizando o deleite dessa brisa; esquecemos a todo o momento,
porém, dos valores que estão contidos nela.
Nossa navegação pelo tempo se torna palpável através do calendário romano, que
com suas regras e normas nos ditam as horas incontáveis de uma escala infinita
de dias e noites. Mas através deste navegar, a bússola que aprendemos a ler
registra os momentos de inúmeros estágios figurativos sem um porto seguro onde atracar.·.
Nesta travessia, nos deparamos com as ventanias, furacões e tufões que nos acometem ao medo e leva-nos aos questionamentos e conclusões desfiguradas de uma realidade sem precedentes.
Qual a expectativa desse trajeto náutico? Talvez a esperança de continuarmos seguindo regras e normas politicamente ditadas para não perdermos a rota continuada da evolução.·.
Como
idealizar o que é certo se a mãe natureza nos intitula outros fenômenos?
Para nós, a doce brisa é o perfeito: leve, suave e
fantasiosa. No entanto, se tudo é originário de um único celeiro, onde a brisa
é a filha do sopro que por sua vez é o sopro que origina o vento e o vento o
furação e o furação o tufão e assim sucessivamente, porque então criamos tantas
reflexões para dar origens a tantos princípios evolutivos?
Não podemos esquecer que não existe estabilidade,
tudo é passageiro como todo ato que nos remete ao prazer. Então, o que é o
prazer? A dor, o amor e todas as evidências registradas como sentimento?
Talvez nos falte visão, pois buscamos a concretização de uma eternidade, mas sabemos que não somos eternos e nossas conclusões não se perpetuam, apenas flutuam conforme a vontade e a grandiosidade que a brisa, o vento, o furacão ou o tufão nos proporcionam, gerando o fenômeno que chamamos de VIDA.
Marcos Pereira