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Saltitando com a alegria de criança, Ane seguia para a casa da vizinha, onde iria encontrar outras crianças, em mais um dia de diversão. O quintal de barro, com um tanque feito com blocos de cimento eram o cenário das brincadeiras.Muitas vezes a imaginação corria solta, e apesar de serem cruanças pequeninas, não podia faltar o momento da escolinha uma espécie de ensaio enquanto não iniciava a vida escolar.
Chegando na casa da vizinha, percebeu que algo diferente estava acontecendo, chamou as crianças para brincar mas ninguém deu atenção, estavam todas ao redor de uma das meninas que tinha acabado de ganhar um ursinho carinhoso de presente, brinquedo que era” febre “na década de 80. Ao ver o urso, Ane foi tomada por uma tristeza, e sem dizer uma palavra voltou para sua casa. Sentada no sofá com o olhar distante, foi notada por sua mãe que perguntou: – o que aconteceu, brincou com suas amigas? Ane arregalou os olhos e começou a chorar, dizendo: – mãe quero tanto um ursinho! A criança não sabia que o ursinho carinhoso era muito caro, e que a sua amiguinha havia ganhado o presente da empresa que o pai dela trabalhava.
A mãe de Ane ficou em silêncio e no dia seguinte foi até o centro da cidade, sabendo do valor do brinquedo desejado por Ane, e de como não poderia gastar naquele momento, foi que passando pelo camelô, qyando num piscar de olhos se depara com um urso marrom e tem uma ideia: – vou comprar esse ursinho para Ane!
E assim a mãe de Ane volta para casa com o presente. Ao encontrar sua filha , entrega o pacote. Ane curiosa abre com entusiasmo, mas logo percebe a diferença: – mãe esse urso é marrom! Sua mãe se aproxima, e fala com toda doçura: – Ane você não sabe? Esse ursinho marrom é bem melhor do que aquele que você queria.
Ane direciona olhar para sua mãe, abre um leve sorriso, agradece e começa a brincar. E esse ursinho virou o companheiro de aventuras da pequena Ane por muito tempo.
