Leandro Costa
MALOCA
Uma casa em ruínas
Em si, traz a sina
De finada história
Ser memória e túmulo
Casa deteriorada
É um dente cariado
Que lateja passado
De alicerce profundo
Uma casa sem gente
É um dente enfermiço
Esquecida do viço
Substância vital
Qual coroa exangue
De esmalte rachado
Esqueleto antigo
Retornando ao pó
Tudo está em destroços
Está morto o dono
Recolhei os despojos
Decretai abandono