Banho Quente
Ofegante me encontro
Olhando aos aredores
Sem ir muito longe meus olhos
Enxergam mosaicos finitos
Mas não bem contados
Como um musgo estampado
Em um vidro de silicone
Preso, tão rente ao chão
Acelera constante meu coração
A este espaço inundado
Pela umidade fervente
Que sufoca minha mente
Me deixando estonteado
Desviando minha consciência
Do agora e do presente
E apois horas em frações
De minutos, em segundos
É aberto uma porta com luz
Me levando à fora, me seduz
Um ar de respiração e salvação
Longe fora, deste banheiro abafado.