Bolhas

Todo mundo vive em uma bolha particular, não paramos pra pensar muito nisso, porém é verdade, cada um de nós tem sua própria bolha. Seja ela boa ou ruim, ela está lá, reafirmando que só o que você pensa e vive é válido, como que qualquer experiência alheia não tivesse o mesmo valor.

Eu sempre me senti invalidada nas áreas da minha vida, isso porque sempre tive muitas dificuldades que não são vistas a olho nu, problemas psicológicos, problemas emocionais, e quando falo sobre isso com algumas pessoas sempre sinto um julgamento, demorei a entender que esse julgamento não era por mal e sim porque era fora da bolha delas, elas não conviviam com aqueles sentimentos, não viveram a mesma experiência, e sair dessa visão fechada sem necessidade é chato, é doloroso pois é possível enxergar nossa própria hipocrisia ou nossos defeitos. Nossas bolhas são nossa zona de conforto. Apesar de serem nossa zona de conforto nem sempre elas são boas, ou nos fazem bem, é aquela história a gente se acostuma mesmo não devendo fazer isso. Tem bolha que te prende, te amarra, sufoca. Quantas vezes você já se sentiu exatamente assim? Amarrado? Sufocado? E o pior nem sabendo o porquê está sentido isso.

Pra entender melhor o que estou falando é só pensar que estamos numa pequena floresta por exemplo, e você tem que aprender a viver nela, nos primeiros dias vai ser difícil, mas com o tempo você terá domínio total daquela área, já terá se adaptado a sua nova vida, só que de repente você é colocado em outra floresta para viver, com outra fauna, outro clima, porém com a promessa que essa é bem melhor do que a atual. Você aceitaria numa boa essa troca sem pensar? Ou você iria analisar se estava trocando o certo pelo duvidoso? As bolhas são isso, experiências e ambientes que vivenciamos e que temos uma boa carga de conhecimento ao ponto de nos fazer acreditar que mudar de opinião é ruim, de que aprender algo novo é trabalhoso demais, de que ouvir o outro mesmo não concordando é perca de tempo.

Eu não tenho uma bolha, eu tenho várias, algumas são mais fácies de romper do que outras, mas em enxergar fora da sua bolha é um exercício de empatia que todos nós deveríamos tentar às vezes. Demorei muito a enxergar que o que me prende é o medo de vivenciar coisas novas, logo eu que sou artista em recomeços, porém eu só recomeço no meu ambiente, onde eu já conheço, na minha bolha cheia de coisas que não gosto, mas é minha área, tenho  um pertencimento ali. Furar minhas bolhas tem sido difícil, pois sinto que furo uma e me enfio logo em outra, mas não desisto, melhor assim do que ficar parada, nem que eu tenha que passar por mil bolhas até encontrar o meu lugar nesse mundo, pois eu acredito que todos temos que nos sentir válidos, amados, com fé em coisas boas. Conquistar isso, nosso lugar no mundo é um processo, e nenhum processo acontece estando parado, em total inércia, dentro da bolha.

Te convido a tentar olhar o mundo fora da sua bolha, ver o que pode aprender do lado de fora, e o que se pode levar de dentro. Fure suas bolhas, pois diferente das bolhas de sabão, essas podem ser eternas, se você deixar.

Meu Instagram: @giovanna.bayona

 

Fontes:

Imagem destacada e Imagem interna: Imagem de Lars Nissen por Pixabay.

Imagem de <a href=”https://pixabay.com/pt/users/ln_photoart-2780243/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=2055960″>Lars Nissen</a> por <a href=”https://pixabay.com/pt//?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=2055960″>Pixabay</a>

 

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