Estradas da vida ou caminhos do coração?

 

 

Entre estradas, curvas e bifurcações

Temos a escolha de qual passo dar,

Dormir ou acordar

Casar ou manter-se só

Ter filhos ou a outro ramo se dedicar…

 

Tudo isso é pendular

Bipolar

Entre ir e ficar

 

O que não há como fazer

É “desescolher” o tempo

Voltar ao passado

Desdizer o que foi lançado

 

Mas quando tudo parece estar errado

Pergunte ao culpado

O que lhe faz ser o que hoje é…

Pergunte a si

Se tudo que mora dentro do  peito

Seria o mesmo sem cada passo que deu…

(Michelle Carvalho)

“A vida é feita de escolhas”, quem nunca ouviu essa frase?

Eu já ouvi isso inúmeras vezes, e durante muito tempo isso me parecia mais um presságio de castigo, de praga sendo rogada do que um conselho de algo bom, mas na verdade, isso nada mais é do que a pura realidade.

Em cada amanhecer temos que fazer das escolhas mais simples até as mais cruciais na vida.

Acordar é uma dádiva, levantar-se e realizar suas atividades do dia são escolhas, até mesmo deixar de fazê-las também são…

O que temos que discernir são as consequências das opções que realizamos diariamente. Será que vivemos pensando nos resultados do que optamos ou fazemos tudo no impulso e depois nos deparamos com o que temos pela frente?

Quantas pessoas vemos praguejando a vida pelas coisas que lhes acontecem? Mas quem é o responsável pelos resultados,  a vida ou seus atos diante dela?

Muitas vezes decidimos seguir por um caminho na estrada da vida e as dúvidas ecoam em nossa mente na primeira bifurcação. Ao escolhermos e não obtermos o que desejamos ficamos pensativos, revoltados e pensando o que seria de nós se tivéssemos escolhido seguir o outro lado da estrada. Teríamos perdido oportunidades, chances, amores? Ou simplesmente teríamos maiores livramentos? Nunca saberemos!

Podemos até tentar espelhar, imaginar, supor como seria a outra vertente trilhada, mas até mesmo nos mais seguros sonhos, nada daquilo seria real ou palpável porque o tempo não volta, a pessoa que trilharia o outro caminho não seria a mesma que vive hoje dentro de nós e, até mesmo as figuras, pedras e belezas do trilhar não seriam as mesmas do tempo anterior.

Cada escolha tem seu tempo e é única para se emaranhar na sabedoria que a vida constrói em nós.

Crescemos engessados em doar-nos mais do que recebemos, em preocupar-nos mais com a possível dor do outro do que com o espinho que dói cada vez mais em nossa carne, como se tudo tivéssemos que suportar.

Não se trata de não ter empatia e sair egoisticamente magoando as pessoas e pensando somente no próprio umbigo, mas saber ponderar quando dizer “não” e quando dar um basta para se libertar e seguir. Trata-se de saber o momento de escolher a si mesmo e aprender e galgar um estágio de leveza, ao invés de arrastar correntes mais pesadas do que as suas próprias.

Neste turbilhão de escolhas de caminhos a trilhar nas estradas da vida, não somos máquinas ou aplicativos que tem um mapa certeiro, mas tentamos agir dentro do que norteia nosso coração quando refletimos antes de escolher.

Quando a dúvida, a incerteza ou o medo de ter errado vier à tona, o melhor a se fazer é perguntar ao coração:

“Você se recorda do seu “eu” antes de ter feito essa escolha na vida?

Você sente saudade de quem você era antes disso?

Saberia viver em plenitude sem tudo que lhe foi trazido e agregado pautado nas escolhas que fez?”

E neste ponto crucial que é o hoje e o agora, se você se fizesse essas perguntas, qual seria sua resposta?

Lembre-se: Cada parte de você, cada beleza e cada cicatriz, cada escolha e cada caminho faz parte de uma bagagem de aprendizado para aprimorar a pessoa que você se tornou. Orgulhe-se disso!

 

Michelle Carvalho

e-mail: michellecarvalhoadvogada@yahoo.com.br

Instagram: @michelle_carvalho_escritora

Facebook: Michelle Carvalho Escritora

Youtube: Michelle Carvalho Escritora

Fonte da imagem destacada: https://pixabay.com/pt/photos/mala-de-viagem-mulher-garota-espera-1488516/

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