Até onde vai a culpa?
Como lidas com o peso da dor?
Encharca-te de rancor e terceiriza o fardo
Ou carrega além de seus atos?
Lava as mãos como Pilatos
Ou põe sobre os ombros cruzes que não te pertencem?
Até na dificuldade cabe a nós avaliar
O que devemos validar
Para poder pesar e carregar…
(Michelle Carvalho)
Existem pessoas que agem indiscriminadamente magoando, causando caos e dores sem sequer sentirem-se afetados por causarem mal a outras pessoas.
Outros carregam fardos imensos por trazer para si “toda a culpa do mundo”.
Vislumbro pessoas arrastando correntes por culpas que terceirizaram sobre elas, que lhes são impostas ou que trazem para si como imãs, quando na verdade, no momento da ação, o fizeram por ser o ético, o correto e o que entendia como justo naquela ocasião.
As consequências não podem ser fardos quando o ato foi justo. Liberta-te deste peso se a culpa é de outrem.
Até mesmo no Direito existem ações efetuadas com dolo, que é quando se age com intensão de algo e causa consequências prejudiciais a terceiros, e as ações efetuadas na modalidade culposa (nomenclatura jurídica), que é quando a atitude não é intencional, mas também causa consequências ruins.
Todo ato possui uma consequência, mas nem toda consequência advém de seus atos. Por isso a tortura, seja de outrem sobre você ou de sua própria consciência que te maltrata, deve ser avaliada friamente, não para que toda atitude se torne banal a ponto de não te afetar, mas que seja pesada para que somente afete quando o foco for real, não em todo e qualquer caso.
Neste momento caem muito bem os versos de uma linda música de Padre Fábio de Melo: “Não te tortures, pensando que mal tens feito, se Deus não te culpa, liberta-te deste peso…”
A maior dificuldade relacionada ao perdão é a que concerne a si próprio, principalmente se é você mesmo que se flagela ou porque capta como verdade o fardo que lhe foi colocado por alguém amado. Você toma como real porque vem de quem deveria lhe acolher e não te culpar. Esta pessoa muitas vezes joga o peso sobre você para se esquivar do peso que sente sobre os próprios ombros. Pense nisso!
Para alguns é mais fácil jogar o peso do que lhe corrói para outros que são “esponjas” e normalmente sugam para si todas as dores e flagelos do mundo, do que encarar seus próprios medos, inseguranças e culpas.
Você conhece pessoas assim?
Michelle Carvalho
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Fonte da imagem destacada: https://pixabay.com/pt/illustrations/causa-efeito-causalidade-culpa-5666661/
Aqui é a Karina Da Silva, gostei muito do seu artigo tem
muito conteúdo de valor, parabéns nota 10.
Olá Karina, muito obrigada por sua mensagem!
Suas palavras são fonte de força e inspiração para que eu continue escrevendo e dedicando-me ao que mais amo que é a arte da escrita!
Beijos! Deus a abençoe!