Sem amor não há festa de Natal
Se em torno de si reina a ganância
Não divide seu pão com quem não tem
Se não abre sua mão para ninguém
Mesmo que você tenha em abundância
Se do pobre você mantém distância
E jamais o tratou como um igual
Se importa só bem material
Seu Natal não terá felicidade
Só o sublime sinal da caridade
Traz amor à sua festa de Natal.
Se não liga pra dor de seu irmão
Se ele tem ou não tem pão sobre a mesa
Se ele bebe das lágrimas da tristeza
Ou se nada nos mares da aflição
Se não busca pra isso a solução
Se você se mantém imparcial
Se achar tudo isso natural
Seu Natal não terá felicidade
Só o sublime sinal da caridade
Traz amor à sua festa de Natal.
A criança vagando pela rua
Mendigando amor, paz e ternura
Caminhando no vale da amargura
Como teto, somente sol e lua
No estômago, a fome dura e crua
E você acha isso tão normal
Mais um caso comum, simples, banal
Seu Natal não terá felicidade
Só o sublime sinal da caridade
Traz amor à sua festa de Natal.
Não ligar para o idoso solitário
Ao lançar-lhe um olhar de compaixão
Ou o mendigo implorando pelo pão
Para ele bastante necessário
Se não for ao seu próximo solidário
Não quiser expulsar do peito o mal
O egoísmo, a ganância… Afinal
Seu Natal não terá felicidade
Só o sublime sinal da caridade
Traz amor à sua festa de Natal.
No Natal, plante paz e esperança
Plante amor, compaixão e harmonia
Plante sonhos, perdão e alegria
Plante força, vontade e confiança
Ame o pobre, o idoso e a criança
Com respeito sublime, angelical
Compartilhe, mantenha o essencial
E o Natal lhe trará felicidade
Só o sublime sinal da caridade
Traz amor à sua festa de Natal.
João Rodrigues
Imagem: https://pixabay.com/pt/photos/papai-noel-chocolate-quente-1906513/