Daniela Castro

A folha e a tempestade

O vento começou a dar o “ar de sua graça” em plena floresta de árvores frondosas, flores multicoloridas, um verdadeiro paraíso para quem gosta de meditar na natureza.

A intensidade do vento aos poucos foi aumentando, aumentando… Até que uma folha se despenca de sua árvore e rola abandonada pela relva. É a tempestade manifestando-se! Isso durou apenas alguns minutos, só para deixar a folha assustada e, sozinha em meio às flores, o gramado e outras folhas desconhecidas.

Parou o vento!

– Ufa! Que alivio! Diz a folha.

– Foi embora a tempestade? Pergunta ela para si mesma.

No entanto, fez-se ouvir um uivo. Era o vento que se escondia.

A folha, coitada, mais apavorada ficou! E se imaginou num deserto, completamente a mercê da malvadeza da tempestade! O pior é que não é a tempestade que a chuva cria, mas a tempestade de areia, que poderá enterrá-la para sempre nesse deserto.

Começa o vento novamente, e logo em seguida vem a tempestade empurrando a folha para mais longe de sua árvore. Então, ela pergunta:

– Tempestade, por que estás fazendo isso comigo, que nunca te fiz nada? A tua água sempre foi uma bênção para mim e toda a natureza; por que hoje resolvestes levar-me por diante? Por quê?

– Ora, senhora folha medrosa! Nós, que somos da natureza, temos que cumprir o nosso papel que nos cabe, sendo o meu fazer a limpeza pelo mundo. Porém, se foste atingida, me desculpe, talvez estivesse na hora de te desapegar, seguir teu rumo, sozinha e dar teu lugar para outras folhas que nascerão! Aproveita a calmaria quando eu for embora e reflita sobre tudo isso que te falei. Até a próxima!

Fonte da imagem destacada: https://pixabay.com/pt/images/search/folha%20e%20tempestade/

 

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Daniela Castro

Professora, Pedagoga, Especialista em Educação Infantil e em AEE (Atendimento Educacional Especializado) e Educação Especial; acadêmica do curso de Letras – Redação e Revisão de Textos - CLC/UFPel, apaixonada por literatura e incentivadora da leitura literária. Gosta de escrever poesias e se “arrisca” na escrita de narrativas, sendo em sua maioria, infantis.

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