É domingo à noite, 22h, clima gélido, e prossigo a escrever minhas crônicas. Já é inverno e sinto minhas mãos e pés congelando, às vezes até dormentes. No momento, encontro-me em frente à tela do computador, sua luz com o brilho baixo para não machucar minha visão.
Essa semana escrevi diversas crônicas, todas publicadas. O domingo é muito bom, principalmente no período da noite, pois sei que no dia posterior, a rotina recomeçará. A noite antecedente à segunda-feira possui um toque obscuro e depressivo: pesado e melancólico. Aliada ao inverno, é perfeita para o ofício de derramar a tinta do pessimismo no papel.
Isso porque escrevo a respeito de introspecção de forma melancólica e pessimista. Essas características que me pertencem são acentuadas nas noites após os sábados. Desse modo, torno-me mais produtivo, visto que a introspecção me abraça, chegando de mansinho conforme anoitece e se acomoda do meu lado enquanto escrevo.
Minha amiga melancolia, devo a você a minha pequena obra escrita no auge dos 20 anos de idade. Ela me acompanha por toda a vida. No entanto, principalmente nas noites de um domingo, torna-se a companheira que sussurra em meu ouvido as palavras que aqui escrevo.
Ah, se não fosse essa tenra amiga de toda a vida, que me acompanha em cada domingo e no ofício da escrita… Com certeza a minha produção seria nula. O inverno, as noites que antecedem o início da semana e esse sentimento são a minha inspiração.
Há quem detesta a chegada da segunda-feira. Eu, por outro lado, aprecio, pois é aí que minha musa inspiradora vem cantar ao meu ouvido. Inspira-me com sussurros quase inaudíveis e me faz escrever textos pequenos. O frio na espinha, gélido como a neve, tem causas sobrenaturais e inexplicáveis: é a tinta que utilizo para produzir. Ela, impressa no papel, é composta por palavras que o leitor pode ouvir.


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