No céu, pincéis de fogo e cor,
dissolvem luz em tom dourado,
o dia parte com primor,
num gesto lento e delicado.
As sombras dançam pelo chão,
num balé manso e sem ruído,
o vento sopra uma canção
de despedida e de abrigo.
O sol se inclina no horizonte,
feito um segredo a se calar,
e pinta a curva do monte
com fios tímidos de luar.
É hora mansa, quase prece,
em que o tempo desacelera,
o coração se aquieta e tece
a paz que o fim do dia espera.
Entardece… e o mundo inteiro
parece enfim compreender
que há beleza no derradeiro,
e poesia no anoitecer.
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