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Projeto 16 horas – Precisamos falar sobre o “feminismo tóxico” – Luiza Moura

Muito se ouve falar sobre a “mascunilidade tóxica, que de forma resumida estaria associada a uma manifestação de diversos traços do gênero masculino, aceita e muito reproduzida a gerações, baseada em crenças populares de diversas culturas que reforçam a tendência a não expressar emoções e a buscar através da força e do poder por conquistas e pela própria reafirmação do “ser homem”, acarretando assim em diversos modos de adoecimento físicos e psicológicos, além das consequências disso para a convivência social e manutenção de relacionamentos. E, obviamente, não podemos negar que esse extremo também merece uma atenção especial, de modo a atenuar as consequências de tais comportamentos.

No entanto, o que há de se discutir aqui, é justamente um assunto que pouco se traz à pauta, mas que vem se mostrando cada vez mais prejudicial: o “feminismo tóxico”. Mas, antes mesmo de começar a falar sobre isso vamos resgatar o conceito de feminismo e, trago assim, de modo breve e claro, a definição da ensaísta americana Bell Hooks que diz que este é um movimento destinado a acabar com o sexismo, a exploração sexista e a opressão. Sabemos, entretanto, que essa discussão seria ainda muito mais ampla e nos levaria a uma viagem por vários países e momentos históricos de lutas por equidade e conquista de direitos básicos, o que nos convence claramente sobre a sua importância.

Vale salientar que a equidade é algo importante para todos: pensar sobre dar às pessoas o que elas precisam para que todos tenham acesso às mesmas oportunidades, respeitando as diferenças, valorizando as singularidades de cada um e, pensando sobre o Brasil, seria como simplesmente colocar em prática o que a própria Constituição Federal diz: “(…) todos iguais perante a lei (…). Mas o que vem ocorrendo atualmente é uma grande distorção, por parte de algumas mulheres que se vestem de um “feminismo tóxico” que pinta o homem como sendo absolutamente ruim e desnecessário, desmerece a construção das famílias e dita à mulher que o descuido com a aparência, o descaso com a saúde e manutenção de um “pseudoempoderamento” que valida a objetificação dos seus próprios corpos é o que deve valer e, que inclusive, as mulheres que não concordem com isso, também precisam ser massacradas.

Talvez falte o bom senso de relembrar que quaisquer posicionamentos extremistas são muito danosos e que é importante, acima de tudo, manter o respeito perante as escolhas e diversas interações sociais possíveis. Podemos e devemos continuar lutando por equidade, mas o que não podemos é confundir isso tudo fazendo julgamentos e tentando reprimir ou invalidar quem pense e exista de modo diferente ao que acreditamos. Em conclusão ao exposto, quero dizer as mulheres que todas as escolhas devem ser respeitadas! É possível continuar buscando a conquista e manutenção dos nossos direitos e ainda assim optar por cuidar da nossa aparência, do nosso corpo, da nossa saúde, da nossa vida. É salutar poder escolher entre ter ou não um relacionamento, poder continuar acreditando na construção de famílias e, inclusive, ter validado o desejo de poder continuar cuidando do próprio lar. Temos também o direito de escolher se/ou quando queremos ser fortes e se/ou quando queremos ser frágeis e cuidadas.

(Esse texto é da minha própria autoria- Luiza Moura de Souza Azevedo).

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Uma resposta para “Projeto 16 horas – Precisamos falar sobre o “feminismo tóxico” – Luiza Moura”.

  1. Avatar de oswaldoeurico
    oswaldoeurico

    Muito importante escrever um texto sobre esse assunto. Infelizmente, a “toxicadade” existe independente de quem a abrigue. Basta abrir a guarda e, em pouco tempo, qualquer um pode se tornar alguém corrosivo, ácido ou amargo ao extremo.

    Gostei do texto.

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Criada em 2020 pelo professor e poeta Renato Cardoso, a Revista Entre Poetas & Poesias é um periódico digital dedicado à valorização da literatura e da arte em suas múltiplas expressões. Mais que uma revista, é um espaço de conexão entre leitores e autores, entre a sensibilidade poética e a reflexão cotidiana.

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