O espelho trazia uma figura desconhecida,
Com espinhos e marcas de uma pele petrificada.
O sol brilhava na copa da mata esquecida,
Verdade hesitante em luz derramada.
A floresta tem trilhas e rumos guiados,
Caminhos que o olho não pode enxergar.
Raízes não escondem os erros passados,
E nenhuma luz se permite brilhar.
Nenhum erro do passado podia se esconder sob aquelas raízes.
Nenhuma luz podia ser colocada em primeiro plano.
A escuridão não era uma sombra projetada pela dúvida, mas como uma canção desgastada, esquecida pelo alaúde.
De dentro da casa, a luz do sol foi lentamente enterrada sob as sete horas
Onde cada falha era madeira crua do ser
E o silêncio penetrava nos quartos
Pesado com todas as histórias não contadas que se agarravam aos tetos
Sombras se enrolavam ao redor do espelho na tentativa de roubar o reflexo
Mas a memória escondeu seu rosto
Sabia que a escuridão exigia um preço que eles não estavam dispostos a pagar
O espelho agora permanecia para capturar o que já se fora Uma armadilha de vidro para os corpos
E as mentiras que jaziam na grama e tornaram-se ossos.


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