A solidão me cerca, fria, intensa,
É guerra oculta, luta sem clemência.
A mente turva inventa mil batalhas,
E cada ideia abre novas muralhas.
Ansiedade é um rio em correnteza,
Que afoga a alma, rouba a fortaleza.
Cria demônios dentro da razão,
Aprisionando o peito em aflição.
Chamam de frágil quem sofre calado,
Mas nunca viram o ser dilacerado.
Julgam sem ver, de olhar tão leviano,
Quem não conhece não mede o desgano.
A dor dispara em tiros invisíveis,
Marcando o corpo em feridas sensíveis.
E o coração, em prantos tão amargos,
Clama por gestos simples e tão raros.
O desamparo veste-se de açoite,
Apaga a lua, silencia a noite.
Sem mãos que toquem, sem abraço forte,
Sobra a penumbra, sobra apenas a ausência da sorte.
Mas quem resiste, mesmo em desalento,
Encontra a vida oculta no tormento.
E, entre ruínas, brota uma esperança,
Que pede ao mundo um pouco de bonança.
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