Veio outro dia aquela súbita vontade de sumir. Ela vem às vezes, mas quando aparece demora a ir embora. Invade minha paz, minha cabeça, minha morada e também meu coração.
A vontade de desaparecer é interna, quase latente, e se faz, às vezes, presente. Principalmente nos momentos conturbados da vida. Sentimo-nos nessas horas como Napoleão perdendo a guerra, vendo a derrocada de seu império. Porém, se não fossem esses momentos, o que seria de nós? Não teríamos o impulso, ou seja, aquele empurrãozinho para nos mover.
A vontade de desviver é maior que a dita por Nietzsche e, talvez, mais importante que a vontade de poder. Esta, por um lado, move os “grandes homens” da história e da humanidade. A primeira, por outro lado, move o “pequeno homem”, a maioria.


Deixe um comentário