O Estado era casado com a Igreja. Sim, não há nada de errado com a frase. Era um perfeito matrimônio de longos anos.
Nesse núcleo familiar, o Estado era o pai de família e a Igreja a dona de casa. O primeiro controlava o povo à força. A segunda punha ordem nos fiéis pela lábia.
Contudo, o casamento foi se desgastando. Houve muitos conflitos entre os cônjuges, como a reforma protestante, o surgimento do liberalismo e individualismo. Isso, claro, um dia chegaria ao fim. Os casamentos não duram como antes. Assim, o legislativo pôs fim ao matrimônio impondo a laicidade para o Estado — como um celibato forçado.
Mas, como Estado e Igreja sentem falta dos anos vividos, vez ou outra acabam flertando. Mas, o povo, que não é tolo e nem bobo, fica de olho para que a laicidade, a santa castidade, não seja violada.


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