Nessa jornada,
apenas mais uma jornada,
moro nesse corpo,
moldado em cada detalhe para o que preciso.
Procuro cuidar dele como se ele fosse viver eternamente…,
mas sei que às vezes vacilo,
esqueço e acabo excedendo-me em atitudes,
intemperanças,
sendo intempestiva nas emoções,
que criam calamitosas descargas de sentimentos ruins,
e já não estou cristalina…
Talvez por isso, aprendo a perder.
Aprendido a ser fraca.
Às vezes tenho entendido que o que tem de bonito,
nessa loucura de estar viva é aprender que não dá para ganhar sempre.
Ser firmeza todo dia tem me cansado, sabe?
Às vezes sinto que meu corpo anda meio alquebrado,
mas e daí?
Ainda estou aqui!
Aprendo a ser mais leve,
a viver com a cabeça nas nuvens vez por outra,
e tem sido bom…, mas,
escutei que isso é fuga.
Que seja!
De alguma forma sinto leveza, e com a cabeça nas nuvens encontro minha criança, aquela que mora na minha singeleza, de um corpo moldado para ser comportado,
disciplinado,
mas que guarda a menina levada,
com olhar de brisa,
só me esperando para dizer:
calma, vai passar!
Renata – Graduada em Pedagogia, foi bolsista do COLEI, onde estudou questões relacionadas a formação docente e de leitores. Vem se debruçando sobre questões relacionadas ao desenvolvimento da linguagem infantil; adultos e crianças e; na articulação mobilizada pelo contato com a literatura, considerando o poder que ela possui na formação da subjetividade humana.


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