No sétimo dia, Deus estava descansando. Tranquilo e sossegado, deitou-se para tirar um cochilo quando Satanás o interpelou em forma de serpente. O cramunhão disse:

– Bela criação, hein.

– Demorei uma semana para terminar tudo isso. Agora, está na hora de descansar.

– Uma semana, apenas? Meu Deus do céu! Sabe de uma coisa, todo poderoso? Não consigo destruir e macular a criação em apenas uma semana, porém posso fazer daqui a uns milhares de anos, sabe?

– O que faria para tanto?

– Bem, sabe Adão e Eva?

– Sei.

– Proibiu eles de comer aquele fruto, não é?

– Sim, proibi. E daí?

– Então, quer ver eu destruir o mundo daqui a milhares de anos?

– Tenta a sorte, Lúcifer. Adão e Eva não lhe obedecerão, pois são fiéis a mim.

– Vamos ver.

Lúcifer, em forma de serpente, aproximou-se de Eva e lhe cochichou ao ouvido para que comesse do fruto, pois assim teria o conhecimento do bem e do mal. A mulher, relutante, não aceitou de primeira. Mas a cobra, ludibriando-a com palavras bonitas e com a lábia demoníaca, a convenceu. Eva comeu o fruto e possuiu a ciência do bem e do mal. Logo em seguida contou para Adão, que também comeu o alimento proibido.

Deus, porém, ficou sabendo e expulsou os humanos do paraíso, condenando-os a sofrerem na Terra. Em seguida, pensou: “Meu eu do céu! Ele conseguiu… Mas só o tempo dirá se minha criação será devastada. Preciso esperar sentado do alto de meu trono para ver no que vai dar”.

Anos se passaram depois daquele deslize da humanidade no Éden. Lá do alto do céu, Deus observa o mundo em 2025. Há guerras, fome e desgraças por todo o mundo. Irã x Iraque, bombas voando e acabando com as cidades. Crianças passando fome, magríssimas e desnutridas, sem ter o que comer. Deus olhava para baixo do alto de seu trono e disse em alta voz:

– Jesus Cristo (meu filho)… O cão fez Adão e Eva comerem o fruto do conhecimento lá atrás e olha a que ponto o povo chegou. Conheceram o bem e o esqueceram; mas o mal permaneceu e dele fazem uso constante. Lúcifer conseguiu destruir o que construí! É… Acho que tá na hora de implantar o apocalipse e o juízo final.