Eu queria que o por do sol
me acordasse de um pesadelo…
Porque nesse cenário
eu não escolhi ser a guerreira…
Essa luta sem trégua e incessante
onde todo dia eu tenho medo…
De braços dormentes
não consigo enxergar outra maneira…
Outra forma de lidar
com tudo aqui dentro…
Se não chorar até inchar os olhos
e esvaziar o coração…
Que as vezes sente um vazio
por um momento…
Desesperado achando
que não tem mais solução…
E mesmo que o desespero
por um momento passe…
Na verdade ele adormece
só pra renovar as forças…
Ao despertar vem sugando
sua energia sem disfarce…
Te esvazia e dilacera,
te seca como no Outono
secam as folhas…
Mas seguindo no fluxo
de efemeridade da vida…
É sempre assim,
a estação passa, finda e volta…
Tô esperando a estação
em que a guerra acabará em seguida…
Quero tirar logo essa armadura
pesada que não me solta…
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Josileine Pessoa F Gonçalves
12 de fevereiro de 2022
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