Ah, o Tempo…
Corremos, todos os dias, contra o tempo,
no coração, guardamos o lamento,
na esperança de que as horas se estendam,
e, em mais de vinte e quatro, os sonhos se prendam.
Quem dera existisse a vigésima quinta hora,
um instante a mais que tudo restaura,
mas será que o tempo, se fosse maior,
resolveria a dor que habita em nós?
O tempo é veloz, passa sem compaixão,
leva consigo a infância e a ilusão.
Num sopro aprendemos, noutro já sofremos,
em meio às batalhas que jamais escolhemos.
Um dia, criança, rabisca a primeira letra,
noutro, adulto, a vida já cobra a conta secreta.
Entre risos e quedas, num ciclo sem fim,
crescemos depressa, sem saber do porvir.
Situações da vida nos dão maturidade,
ensinando que o peso não tem idade.
Uns conhecem cedo o choque do real,
outros só tremem diante do mal.
O medo é refúgio de quem não enfrenta,
mas a coragem é chama que tudo sustenta.
Ainda que a vida nos ponha à prova,
o tempo nos molda, renova e renova.
Entre cenários de luta e labuta diária,
a jornada se torna pesada e contrária.
Mas é no cansaço que o homem aprende,
que o tempo é tesouro que nunca se vende.
Devemos vivê-lo com discernimento,
sabendo que tudo se apaga com o vento.
Pois ninguém conhece a última estação,
nem quando o relógio silencia o coração.
Então, aproveite cada breve momento,
faça da vida um puro alimento,
pois o tempo, implacável, não volta atrás,
e só quem o vive em plenitude tem paz.
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